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José Teixeira é licenciado em engenharia civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e possui doutorado em gestão da construção pela Loghborough University of Technology do Reino Unido (1993). Atualmente é professor do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Minho, Portugal, onde tem lecionado disciplinas nas áreas de gestão e de tecnologia da construção e participado em diversos projetos de pesquisa. No âmbito da sua atividade docente, tem colaborado com diversas instituições de ensino superior em Portugal e em outros países europeus e latino americanos. É autor de numerosos artigos publicados em revistas científicas e apresentados em congressos nacionais e internacionais. Tem também exercido atividade profissional como consultor em engenharia. Participa, atualmente, do projeto Postgraduate European Common Studies in Construction Management Projects (http://www.leonardo.il.pw.edu.pl/ldvmbaic/?lang=en), que visa estabelecer e aprofundar estudos sobre a Directiva 89/48 de 1988 relativa ao sistema geral de reconhecimento dos diplomas de ensino superior que sancionam formações profissionais com uma duração mínima de três anos na União Europeia. Professor José Teixeira irá ministrar palestra sobre a importância das práticas de sustentabilidade em canteiros de obras europeus. A sua palestra colocará que o tema da sustentabilidade da construção é de grande relevância e atualidade, mas frequentemente mal interpretado por diversos intervenientes no processo de construção, que lhe atribuem um alcance limitado. A fase de uso e manutenção é a mais relevante para a sustentabilidade dos empreendimentos, em todo o seu ciclo de vida, atenta a sua duração, quando comparada com as fases precedentes de concepção e de construção. Mas a fase de construção concentra a densidade de muitos dos impactos presentes em todo o processo de construção, dos pontos de vista ambiental, económico e social. A componente ambiental da sustentabilidade dos canteiros de construção está bem presente na regulamentação e nas práticas internacionais da construção, nomeadamente, no que se refere à gestão dos resíduos de construção e demolição, à mitigação do ruído produzido pelas obras e à limitação de outros impactos em meio urbano. A componente econômica relaciona-se com o controle de custos, prazos e qualidade da construção, uma vez que destes decorrem importantes consequências para a sustentabilidade econômica dos intervenientes nas obras (dono de obra, empresas de construção, prestadores de serviço, etc.). A componente social encontra-se ao nível do canteiro, em que compreende a responsabilidade social dos intervenientes, incluindo a segurança e saúde ocupacionais dos trabalhadores; ao nível corporativo das entidades intervenientes, em que se relaciona com o papel dessas entidades na comunidade em que estão inseridas; e ao nível das comunidades diretamente afetadas pelo canteiro, traduzindo o impacto da obra para a sustentabilidade dessas comunidades. Esta intervenção procura sintetizar estas três componentes da sustentabilidade dos canteiros de obra e apresentar um panorama internacional sobre este tema.
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